Ano a ano a educação superior evolui, dando lugar a novos formatos de ensino e integrando novos métodos e ferramentas de apoio à formação do estudante.
Essa evolução ocorre em todas as áreas, passando por ciências exatas, biológicas, saúde, humanas, economia e todas as demais, tendo alguns diferenciais e destaques em algumas delas.
Na saúde, por exemplo, há um foco constante e crescente em inserir na rotina dos estudantes atividades que desenvolvam habilidades práticas, além de aprimorar cada vez mais a formação interdisciplinar.
Valorizando cada vez mais a integração de saberes e consequentemente preparando os alunos para uma atuação conjunta e efetiva, a educação interprofissional na saúde e, especialmente na medicina, visa melhorar a qualidade do atendimento ao paciente.
Se você deseja ingressar nessa jornada cativante e recompensadora que é a medicina, continue com a gente e entenda como a educação multiprofissional deve ser sua aliada ao longo do curso de graduação. Confira!
- 1 O que é educação interprofissional e por que ela importa na Medicina
- 2 Principais cursos de graduação que se integram com a medicina:
- 3 Histórico e evolução da educação interprofissional
- 4 Como implementar a educação interprofissional nas universidades
- 5 Tendências e futuro da educação interprofissional na Medicina
- 6 A educação interprofissional na formação de médicos do futuro é a chave para o sucesso!
O que é educação interprofissional e por que ela importa na Medicina
De forma simples e clara, a educação interprofissional ocorre quando alunos de diferentes áreas se unem para aprender sobre os assuntos propostos, viabilizando uma aprendizagem colaborativa. Essa prática não apenas melhora a comunicação e trabalho em grupo, como também resulta em um atendimento integrado e portanto mais eficaz.
Quando o assunto é medicina, sabemos o quão complexo e desafiador pode ser um caso clínico, certo? A complexidade e riqueza de detalhes na anatomia humana, fisiologia, patologia, farmacologia e diversos outros aspectos faz com que a rotina dos estudantes seja desafiadora. É justamente para quebrar esses obstáculos que a educação interprofissional entra em ação!
Com a união dos alunos de diferentes áreas, desde a enfermagem, até a psicologia, por exemplo, a capacidade do aprendizado se torna ainda mais aprimorada! Isso pois além de cada um ter conhecimento mais assíduo em determinado ponto, juntos fazem com que o entendimento e aplicação do que foi aprendido flua de forma mais simples, sendo cada vez mais parte da rotina de estudos e trabalho.
Inspirada por conceitos como a teoria das inteligências múltiplas de Howard Gardner, essa prática é apoiada pela OMS e pelo Ministério da Saúde (Brasil), destacando-se como essencial para preparar profissionais aptos ao trabalho em equipe.
A formação conjunta e o ensino integrado possibilitam que médicos e outros profissionais desenvolvam competências complementares, promovendo uma assistência mais eficaz, tendo foco em cuidados centrados no paciente.
Entendendo a teoria das inteligências múltiplas de Howard Gardner
Embora o nome faça parecer um pouco complexo, a teoria possui um conceito fácil e muito interessante para ser inserido na rotina dos estudantes.
Desenvolvida a partir da década de 1980, por uma equipe da universidade de Harvard e sob proposta do psicólogo Howard Gardner, ela basicamente defende que as pessoas possuem maior domínio e habilidades em áreas distintas.
Gardner afirmou que as pessoas possuem diferentes tipos de inteligência, superando a visão limitada da capacidade intelectual única avaliada pelos testes de QI. Concluiu-se então que as pessoas podem ter aptidões diferentes em muitas áreas, podendo ter maior destaque em uma do que em outra.
Vale lembrar ainda que cada indivíduo é único, tendo características, capacidades e habilidades individuais. Por isso, os desempenhos em diferentes áreas variam, refletindo as singularidades e aptidões específicas de cada pessoa.
Interessante, né? Agora imagina só, unir-se à pessoas com conhecimentos distintos aos seus. Isso certamente ajuda a desenvolver habilidades clínicas e gerais ainda não conhecidas, assim como a enfrentar e driblar os desafios mais complexos da rotina de estudos e trabalho, certo? Mas, não para por aí!
Se o conceito ficou claro, mas você ainda não conseguiu visualizar na sua mente como as áreas podem se complementar, calma que a gente te ajuda!
Principais cursos de graduação que se integram com a medicina:
Para saber como as áreas se integram, proporcionando uma aprendizagem colaborativa e eficiente, basta conhecer um pouco de como cada uma funciona na prática. Então, vamos lá!
Antes de mais nada, falando na medicina, é muito simples entender como você – enquanto aluno graduando, poderia ajudar os colegas de outras áreas. Afinal, os estudantes de medicina possuem conhecimento profundo sobre assuntos que envolvem a anatomia humana, fisiologia, patologia e etc. Assim, você consegue ajudar os demais alunos a associarem esses conhecimentos nos seus devidos territórios de estudo.
Falando um pouco mais sobre os outros cursos da saúde, eles se integram com a medicina das seguintes formas:
Enfermagem:
O enfermeiro atua em hospitais, clínicas, laboratórios e outros locais, tendo muitas vezes a presença e atuação conjunta dos médicos.
Os alunos de enfermagem podem contribuir para o aprendizado dos estudantes de medicina em diversos pontos, como por exemplo em questões que envolvam práticas de exame físico, análise e aferição de parâmetros vitais, administração de medicamentos injetáveis, primeiros socorros e muitos outros pontos. Isso pois o enfermeiro presta assistência direta ao paciente, estando bastante presente na realização de muitos procedimentos. Desta forma, é possível compartilhar conhecimento entre as áreas, facilitando e tornando ainda mais dinâmico o aprendizado na graduação.
Farmácia
Farmácia e medicina também são áreas que possuem relação íntima. Isso pois dentre os diversos assuntos estudados no curso de farmácia, muitos deles possuem relação direta com a medicina.
Podemos utilizar o tema Farmacologia como exemplo, pois é um assunto amplo e que se faz muito presente em ambas as profissões. Isso se dá pelo fato de que a disciplina estuda os princípios ativos, assim como sua aplicabilidade, interações medicamentosas, farmacodinâmica (mecanismo de ação dos fármacos) e farmacocinética (absorção, excreção e metabolismo de fármacos), além de outros detalhes relacionados. Já deu para perceber que tanto médico como farmacêutico devem ter conhecimento sobre estes aspectos, certo?
Passando para a parte prática da farmacologia e medicina, imagine o seguinte cenário: você – estudante de medicina, está estudando sobre antibióticos e precisa de ajuda para entender melhor sobre as recomendações e mecanismos de ação. O estudante de farmácia será uma excelente companhia de estudos, podendo te ajudar a entender pontos como:
- Qual antibiótico utilizar para bactérias gram negativas e gram positivas.
- Entender a diferença entre amoxicilina e amoxicilina com clavulanato.
- Quais os diferentes tipos de ação dos antibióticos.
- Quais grupos de antibióticos existem?
- Como escolher um antibiótico para quadros respiratórios.
- Como escolher um antibiótico em casos de sepse (infecção generalizada).
- Como evitar a resistência bacteriana.
- A importância de evitar o uso indevido de antibióticos.
- Quando um comprimido pode ou não ser cortado e no que isso impacta.
- Qual antibiótico tem menor ou maior potencial de nefrotoxicidade (potencial para afetar os rins).
- E muitos outros pontos que tenham relação com este e outros grupos de medicamentos.
Pela amplitude e complexidade dos medicamentos que existem e que são descobertos ano a ano, seria muito mais fácil estudar com conjunto com quem também entende sobre o tema, não é mesmo?
Odontologia
Embora muita gente não saiba, muitas doenças possuem relação direta com a saúde bucal.
Exemplo disso são determinadas alterações cardíacas e renais, que podem ter como origem problemas na cavidade oral, como a presença de placas bacterianas. Quando há presença exacerbada de determinadas bactérias na boca, pode haver a migração para órgãos foco – como rins e coração. Ou seja, a saúde bucal tem relação direta com a saúde geral dos indivíduos. Portanto, estudar com alunos da odontologia é uma excelente oportunidade de potencializar ainda mais o seu conhecimento!
Outros problemas comuns que podem ter relação entre as áreas, são as mais distintas causas de mau hálito. O mau hálito é muitas vezes visto como um problema isolado. Porém, o que muita gente não sabe é que diversas causas podem desencadear o problema, incluindo doenças mais graves. Algumas delas são: refluxo gastroesofágico, diabetes, doença renal, sinusite e muitas outras. Portanto, é muito importante que os profissionais das áreas atuem em conjunto, tendo como foco a saúde geral do paciente.
Ou seja, se um paciente chega a um consultório odontológico com queixa de mau hálito, cabe ao profissional não apenas investigar como são os cuidados com a saúde bucal, como também orientar o paciente sobre a necessidade de estar com seus exames de rotina em dia e, também, buscar um médico sempre que necessário.
Nutrição
Muitas patologias (doenças) têm relação direta com o tipo de alimento consumido. Exemplo simples e rotineiro disso são os alimentos ultraprocessados – que possuem corantes, emulsificantes e outras substâncias que a longo prazo podem gerar efeitos prejudiciais à saúde.
Além da questão dos bons hábitos alimentares, é importante também lembrar do fato de que os profissionais de nutrição atuam em conjunto com médicos dentro de hospitais. Isso pois pacientes hospitalizados demandam de uma dieta específica para cada caso, se fazendo necessária a presença de uma equipe de nutricionistas dentro do local.
O estudante de nutrição entende também sobre como os alimentos agem e fornecem nutrientes e vitaminas ao organismo, tendo conhecimento profundo em metabolismo do corpo humano e muitos outros tópicos. Eles vão te ajudar, por exemplo, a entender as limitações de absorção de nutrientes que um paciente com alterações intestinais pode apresentar – uma vez que o órgão é responsável pela absorção de diversos nutrientes, envolvendo água, gordura, vitaminas e minerais.
Apenas com esses pontos levantados já é possível ver como é importante o estudo e trabalho em parceria entre as áreas de nutrição e medicina, não é mesmo?
Psicologia
Os alunos de psicologia possuem conhecimento profundo no estudo da mente humana, dispondo também de excelentes oportunidades de troca de conhecimento entre as áreas.
Exemplo simples e rotineiro é o paciente que realiza acompanhamento tanto com psicólogo como com médico psiquiatra. Ambos os profissionais devem estar atentos e saber o momento de encaminhar o paciente para acompanhamento conjunto com o colega.
Outro exemplo bastante presente no século atual é o aumento dos casos de ansiedade – considerada uma das principais doenças do século. A doença afeta pessoas de diferentes idades, sendo muito comum atualmente em jovens.
Embora seja uma alteração psicológica, a ansiedade é capaz de desencadear sinais clínicos reais, como formigamentos, falta de ar, taquicardia (batimentos cardíacos acelerados) e muitos outros. Por conta disso, é comum que pessoas busquem atendimento em pronto-socorro com estes sinais clínicos e, após descartar outras possíveis causas, os médicos identifiquem que a causa das alterações foi a ansiedade.
Portanto, os médicos devem estar preparados para reconhecer casos de crise de ansiedade e orientar o paciente sobre o que fazer para evitar o surgimento de novos episódios, como realizar o acompanhamento psicológico e, em determinados casos, psiquiátrico, além das demais recomendações rotineiras que devem ser passadas.
Medicina Veterinária
Muita gente associa o trabalho do médico veterinário apenas ao atendimento de pets, como cães e gatos. Porém, o que muita gente não sabe é que a atuação do profissional vai muito além disso, sendo grandes parceiros da medicina humana!
Existem atualmente 17 especialidades reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), sendo que há mais de 100 possibilidades de áreas de atuação.
Falando especificamente na ligação direta entre a medicina veterinária e a saúde humana, o profissional pode atuar em frentes como:
Inspeção de produtos de origem animal:
É papel do médico veterinário atuar dentro de fazendas produtoras de produtos de origem animal, como carne, ovos e leite, com o objetivo de garantir que a criação dos animais e produção dos produtos seja realizada de forma segura e eficaz, visando a saúde humana e controle de doenças potencialmente comprometedoras para saúde e mercado.
Se formos lembrar apenas de algumas das diversas doenças que são controladas e monitoradas através do trabalho do médico veterinário nestes locais, podemos destacar:
- Tuberculose.
- Salmonelose.
- Brucelose.
- Toxoplasmose.
- Campilobacteriose.
- Infecção por Escherichia coli (E. coli).
- Cisticercose.
- Doença de Newcastle (que havia sido erradicada do país desde 2026, voltando a apresentar casos em 2024).
Vale lembrar ainda que muitas dessas doenças são de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), visando maior controle dos casos.
Depois de produzidos, o trabalho do médico veterinário segue firme no controle dos produtos que estão sendo disponibilizados e vendidos para a população, atuando dentro de locais como supermercados, restaurantes e outros locais. Aqui, eles verificam, por exemplo, se o controle de temperatura dos alimentos, embalagens e armazenamento dos produtos está adequado, visando sempre a saúde da população.
O médico veterinário também atua no controle de itens de origem animal e vegetal que entram no país, evitando a introdução de patógenos como fungos, vírus, bactérias e até espécies invasoras de plantas e animais que poderiam comprometer a saúde humana e até mesmo gerar um desequilíbrio ecológico no país. Estes profissionais atuam por exemplo na Vigiagro – órgão presente em aeroportos, portos e pontos de fronteiras, que fiscaliza o trânsito de produtos e itens pessoais trazidos de outros países por passageiros.
Controle de zoonoses:
Outro exemplo típico que une a medicina veterinária com a medicina é o controle e prevenção de doenças zoonóticas, que vai além das transmitidas entre seres humanos e cães e gatos.
Zoonoses são doenças que podem ser transmitidas entre animais das mais diversas espécies e seres humanos. E, é papel do médico veterinário atuar nessa frente, promovendo ações de controle e prevenção, orientando a população e etc. Febre amarela, dengue, leptospirose e raiva são apenas uma parte de uma extensa lista de zoonoses de alta relevância clínica.
Ainda falando em saúde pública, o médico veterinário atua também no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), prestando assistência e sendo parte fundamental para a prevenção e vigilância de doenças – contribuindo para os objetivos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Estes foram apenas alguns exemplos de cursos em que diversos assuntos se relacionam, tornando ainda mais evidente a necessidade da formação compartilhada. Porém, de forma geral, todos os cursos da saúde possuem pontos em comum que podem e devem ser estudados e trabalhados em equipe. Portanto, se você deseja aprimorar suas habilidades e tornar seu aprendizado ainda mais completo, esteja sempre inserido no universo da educação interdisciplinar!
Histórico e evolução da educação interprofissional
Embora em constante avanço, a história da educação interprofissional começou há pelo menos cinco décadas.
A prática começou a ganhar destaque por volta de 1.969, quando David Kolb introduziu a aprendizagem experimental – reforçando a prática do aprendizado em grupo e do desenvolvimento de habilidades práticas.
Durante os anos 1980, a Universidade de Harvard começou a adotar modelos de ensino interprofissional em suas escolas de medicina e saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS), reconheceu então a relevância dessa abordagem para a melhoria da assistência à saúde, recomendando-a globalmente nos anos 2000.
A história da evolução da educação interprofissional também foi influenciada por Howard Gardner, com a teoria das inteligências múltiplas, que já explicamos no início do texto.
Mais recentemente, o trabalho de James Fowler sobre desenvolvimento moral e a integração de valores pessoais na prática interprofissional, também ajudaram a consolidar essa abordagem na educação médica.
Com esses detalhes e toda essa constante evolução, a prática educativa em saúde se torna cada vez mais eficaz, com foco na integração de saberes e no fortalecimento da colaboração entre diferentes profissionais.
Leia mais: o que esperar do primeiro ano de Medicina?
Principais metodologias ativas na educação interprofissional
As metodologias ativas estão cada vez mais presentes no ensino superior e, têm como foco estimular o aprendizado de diferentes formas, proporcionando um conhecimento dinâmico e inovador!
Essenciais na educação interprofissional, elas estimulam a colaboração e a aprendizagem prática educativa em saúde. As principais metodologias incluem:
- Aprendizagem baseada em problemas (PBL): o PBL é uma atividade que tem como foco apresentar problemas reais para que os alunos trabalhem em grupos e consigam resolvê-los. A atividade estimula o desenvolvimento de habilidades críticas e de colaboração. Um exemplo prático da atividade é a resolução de casos clínicos em equipes multidisciplinares.
- Simulação clínica: simulações realistas de situações de saúde permitem que os alunos treinem suas habilidades clínicas em um ambiente controlado. A simulação clínica permite fazer isso, por exemplo, com o uso de manequins e cenários para treinar a resposta e resultados em casos de emergências médicas.
- Prática baseada em evidências: envolve o uso de dados e pesquisas científicas, para orientar decisões de cuidados de saúde, promovendo a integração de conhecimentos em equipes interprofissionais. Aqui os alunos são estimulados a pesquisarem trabalhos científicos, pesquisas e materiais gerais que embasam suas decisões durante as atividades didáticas.
- Ensino baseado em competências: foca no desenvolvimento de habilidades e conhecimentos essenciais para a prática profissional, permitindo que os alunos sejam avaliados com base no desempenho real.
Isso tudo reforça a teoria proposta por Donald Schön – pedagogo norte americano que defendia a perspectiva de “aprender fazendo”, reforçando a importância das metodologias ativas, atividades práticas e estudo em conjunto.
Benefícios da educação interprofissional na prática médica
Apenas com base nas informações apresentadas até agora, já foi possível ver com clareza que a educação interprofissional é uma grande aliada da prática médica, certo?
Quando o assunto envolve os benefícios da educação interprofissional na medicina, é necessário aprofundar o tema em um artigo exclusivo, devido a grande variedade de pontos que fortaleçam a sua importância.
É fato que a integração de saberes auxilia em diversos territórios, como:
- Ajuda a fortalecer o desenvolvimento do raciocínio clínico.
- Aprimora a capacidade de trabalho em equipe – itens essenciais em contextos complexos de saúde.
- Reduz a ocorrência de erros médicos, contribuindo para a segurança do paciente – já que os profissionais compartilham conhecimento, responsabilidades e habilidades complementares.
- Favorece o ingresso do aluno na etapa de internato (fase final do curso) com maior segurança e preparo.
- Contribui para que o aluno desenvolva habilidades de comunicação em saúde.
- Proporciona clareza sobre a importância da prática colaborativa e trabalho em equipe multidisciplinar.
- E muito mais!
Leia mais: conheça os 6 benefícios da educação interprofissional na medicina!
Como implementar a educação interprofissional nas universidades
A implementação da educação interprofissional nas universidades requer uma abordagem estratégica que envolva a integração curricular e o treinamento interprofissional em saúde de forma generalizada. Isso pode ser feito através de campanhas de incentivo, realização de eventos como simpósios, incentivo a grupos de estudos e muitas outras formas.
A educação baseada em competências também deve ser utilizada, respeitando o ritmo de aprendizagem individual de cada aluno – que, tende a ser ainda mais proveitoso na companhia de outros colegas.
Os alunos também podem e devem fazer isso de forma ativa, como por exemplo frequentando grupos de estudos, simpósios, semanas acadêmicas e outros eventos dentro e fora da faculdade, de áreas relacionadas.
Instituições e organizações renomadas como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Ministério da Saúde, Conselho Federal de Medicina, Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM) e outras, apoiam e estimulam o modelo de educação interprofissional na formação médica.
Com essa abordagem, é possível melhorar a qualidade do atendimento, além de promover a inovação no ensino e preparar profissionais para atuar em equipes multidisciplinares, essencial para o cuidado integral ao paciente e uma atuação ainda mais assertiva.
Desafios e oportunidades na implementação da educação interprofissional
É fato que a educação interprofissional na formação médica tem papel fundamental para fortalecer o desempenho dos alunos, preparando-os inclusive para uma residência médica multiprofissional. Mas, devido à falta de informações, muita gente ainda não conhece o formato de ensino.
Um dos principais desafios na implementação da educação interprofissional na formação médica é a resistência ao modelo biopsicossocial – que é justamente uma abordagem multidisciplinar que imerge na área biológica, psicológica e social. Isso pode ocorrer por parte da instituição ou até mesmo dos alunos, já que muitos se baseiam em abordagens tradicionais. Porém, vale lembrar que esse pensamento limita a evolução e desenvolvimento de diversas habilidades que podem surgir através da educação compartilhada.
Um trabalho publicado na revista Psicologia e Saúde retrata bem este cenário, relacionando pontos relevantes, como a dificuldade de implementar a educação interprofissional devido ao comportamento cultural da sociedade. Vale reforçar ainda que isso não se restringe a etapa de graduação, como também está presente após a formação, nos cursos de pós-graduação, residência médica e etc.
Para superar isso, é essencial investir em capacitação interdisciplinar, promovendo a integração entre áreas e consequentemente a educação colaborativa. Esse investimento favorece consequentemente na capacitação médica desde o início da formação dos alunos.
Aos alunos que têm maiores dificuldades na interação com os demais colegas, ou ainda que desejam aprofundar ainda mais seu conhecimento multidisciplinar, existem oportunidades incríveis para fazer isso acontecer! A International Network for Health Workforce Education é um bom exemplo disso – o site oferece a incrível oportunidade de se conectar com membros de todo o mundo, quebrando barreiras na saúde global.
Tendências e futuro da educação interprofissional na Medicina
A educação interprofissional na Medicina está se transformando dia após dia com novas práticas e tecnologias e, cabe aos alunos e às instituições, adotar essa prática com maior frequência e precisão.
Uma das tendências para o futuro da educação interprofissional na medicina é o uso da tecnologia para estimular o estudo em grupo. Simulações em ambientes virtuais, entre alunos de medicina e enfermagem, por exemplo, podem fortalecer o ensino integrado.
A implementação do formato, assim como a evolução tecnológica, ajudam estudantes e profissionais a desenvolverem habilidades colaborativas – essenciais para o trabalho em equipes multiprofissionais.
A OMS, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e outros órgãos também enfatizam a importância de metodologias inovadoras no ensino, visando alinhar o aprendizado à realidade dos sistemas de saúde e realidades vividas na profissão.
Essas práticas contribuem para integrar diferentes disciplinas, otimizar o aprendizado e, consequentemente, melhorar a atenção e suporte ao paciente.
A educação interprofissional na formação de médicos do futuro é a chave para o sucesso!
Ao mesmo tempo que parece desafiador, estudar dentro dos padrões que a educação interprofissional propõe é muito dinâmico, agradável e, claro, recompensador.
Os benefícios em adotar este formato de vão além da rotina universitária, garantindo ao aluno:
- Prática colaborativa entre as equipes/estudantes.
- Favorece a segurança do paciente, com alunos ainda mais preparados desde os estágios, até a formação..
- Estimula o desenvolvimento de competências interprofissionais.
- Permite maior capacitação interdisciplinar.
- Estimula a educação continuada em saúde, estimulando o estudo além da graduação.
- Ajuda no desenvolvimento de habilidades de comunicação.
- E muito mais!
Ou seja, a educação interprofissional é basicamente a chave para preparar os futuros médicos para os desafios da carreira!
Estude em uma faculdade que apoia a educação interprofissional na formação médica!
Agora que você já sabe a importância de estudar com colegas de outras áreas e percebeu o quão positivo isso pode ser para o seu desenvolvimento acadêmico e pessoal, saiba que é importante estudar em uma faculdade onde a prática é adotada!
Com mais de 20 anos de tradição no ensino superior, a Unime apoia e reconhece a importância do formato de educação interprofissional!
A Faculdade de Medicina Unime adota formatos que estimulam a participação e desenvolvimento dos alunos, através, por exemplo, da educação interprofissional, o uso de metodologias ativas de ensino (como o PBL) e muito mais!
Alguns dos diversos destaques são:
- Sucesso na aprovação de alunos em programas de residência médica.
- Estrutura moderna, com laboratórios equipados e tecnológicos.
- Estágio especial para alunos do curso de medicina.
- Corpo docente qualificado e com professores renomados.
E não para por aí! A Unime possui ainda diferentes formas de ingresso em Medicina, como o processo seletivo unificado, através de transferências e outras formas.
Aproveite a oportunidade de conhecer mais detalhes do curso de Medicina da Unime e dê o passo inicial para uma carreira brilhante!