Você já pensou em seguir carreira como cirurgião torácico? Para vestibulandos e estudantes de medicina, entender o papel deste especialista pode ser um grande primeiro passo.
Neste post, vamos desvendar o que faz um cirurgião torácico, como é a formação necessária para se tornar um, e as diferentes cirurgias e patologias que eles tratam. Esta leitura promete ser esclarecedora e inspiradora para quem deseja explorar esta fascinante área da medicina.
O que faz um cirurgião torácico?
Um cirurgião torácico é um médico especialista que diagnostica e trata cirurgicamente doenças e condições que afetam os órgãos do tórax. Isso inclui órgãos como os pulmões, esôfago, traquéia e a parede torácica.
Esses profissionais são essenciais no tratamento de uma ampla gama de doenças, desde cânceres até problemas respiratórios graves.
Tipos de cirurgia torácica
Lobectomia – A lobectomia é a remoção de um lobo do pulmão, geralmente realizada para tratar câncer de pulmão ou outras patologias pulmonares que afetam um lobo específico.
Pneumonectomia – A pneumonectomia envolve a remoção completa de um pulmão. Este procedimento é mais frequentemente utilizado em casos de câncer de pulmão em estágio avançado.
Toracotomia – A toracotomia é um procedimento cirúrgico que permite o acesso à cavidade torácica. Ela é frequentemente realizada para tratamento de traumas torácicos ou para remover tumores.
Ressecção Segmentar – Também conhecida como segmentectomia, este procedimento consiste na remoção de uma parte específica do pulmão, menor que um lobo, geralmente para tratamento de nódulos ou pequenas áreas de câncer.
Mediastinoscopia – A mediastinoscopia é usada para examinar o mediastino (a área entre os pulmões) e geralmente é realizada para diagnosticar ou tratar cânceres e outras doenças na região.
Timectomia – A timectomia envolve a remoção do timo e é frequentemente realizada em pacientes com miastenia gravis, um distúrbio autoimune que afeta os músculos.
Pleurodese – A pleurodese é um procedimento que faz com que as duas camadas da pleura (revestimento dos pulmões) se colem, sendo usado para tratar efusões pleurais recorrentes.
Decorticação Pulmonar – Realizada para remover tecido cicatricial ou membranas espessas da pleura, a decorticação ajuda a melhorar a função pulmonar em pacientes com empiema ou outras infecções pulmonares crônicas.
Cirurgia de By-pass Esofágico – Usada para tratar estenoses ou câncer esofágico, esta cirurgia cria um novo caminho para o alimento contornar a área afetada do esôfago.
Cirurgia de Correção de Malformações Torácicas – Procedimentos como correção de pectus excavatum são realizados para corrigir deformidades congênitas da parede torácica que podem afetar a função respiratória e a estética.
Cirurgias de Reconstrução da Traqueia – Estas cirurgias são realizadas para reparar traumas ou remover tumores da traqueia, restaurando a passagem das vias aéreas.
Patologias tratadas pelo cirurgião torácico
Os cirurgiões torácicos tratam uma ampla variedade de patologias, muitas das quais são complexas e desafiadoras. Algumas das principais doenças que eles tratam incluem:
Câncer de pulmão – O câncer de pulmão é uma das principais causas de mortalidade mundial e frequentemente requer intervenção cirúrgica. As técnicas variam desde lobectomias até pneumonectomias, dependendo do estágio e localização do tumor.
Pneumotórax – O pneumotórax ocorre quando há um acúmulo de ar na cavidade pleural, causando colapso do pulmão. O tratamento pode necessitar de pleurodese ou inserção de dreno torácico.
Efusão Pleural – A efusão pleural é o acúmulo de líquido no espaço pleural, podendo ser causada por infecções, câncer ou insuficiência cardíaca. Procedimentos como a toracocentese ou pleurodese são utilizados para tratamento.
Empiema – Empiema é a presença de pus na cavidade pleural, frequentemente resultando de pneumonias complicadas. A decorticação pulmonar pode ser necessária para retirar o tecido infectado.
Fibrose pulmonar – A fibrose pulmonar é caracterizada pela formação de tecido cicatricial nos pulmões, levando à perda de função pulmonar. Em casos avançados, transplante de pulmão pode ser considerado.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) – A DPOC inclui condições como enfisema e bronquite crônica, muitas vezes necessitando de intervenções como a bullectomia ou mesmo transplante pulmonar.
Miastenia gravis – A miastenia gravis é uma doença autoimune que afeta a junção neuromuscular, com indicação para timectomia em casos selecionados para melhorar a força muscular.
Doenças do esôfago – Condições como estenose esofágica e câncer de esôfago frequentemente requerem cirurgias de reconstrução ou ressecção do esôfago.
Traumas torácicos – Incluem lesões de costelas, fraturas esternais e lesões pulmonares que podem necessitar de toracotomia para reparação.
Malformações congênitas torácicas – Deformidades como pectus excavatum e pectus carinatum são corrigidas cirurgicamente para melhorar a função respiratória e estética.
Doenças pulmonares
Além do câncer de pulmão, outras doenças pulmonares como enfisema, fibrose pulmonar e pneumotórax são frequentemente tratadas por cirurgiões torácicos. Eles utilizam técnicas avançadas para remover ou reparar tecidos danificados.
Doenças do esôfago
Condições como acalasia, divertículos esofágicos e câncer esofágico requerem intervenção cirúrgica especializada. O conhecimento profundo da anatomia esofágica e das técnicas cirúrgicas é fundamental para tratar essas doenças de maneira eficaz.
Problemas da parede torácica
Cirurgiões torácicos também tratam problemas que afetam a parede torácica, como fraturas de costelas, deformidades congênitas e tumores da parede torácica. A correção dessas condições pode envolver tanto a remoção de tumores quanto a reconstrução da parede torácica.
Como se tornar um cirurgião torácico?
O primeiro passo é completar a graduação em medicina, que dura cerca de seis anos. Após a formatura, o médico deve ingressar em um programa de residência médica em cirurgia geral, que geralmente dura cinco anos. Só então, é possível se especializar em cirurgia torácica, em um programa adicional de dois a três anos.
Além da formação técnica, é crucial desenvolver habilidades como empatia, comunicação eficaz e capacidade de trabalhar sob pressão. Cirurgiões torácicos frequentemente lidam com situações de vida ou morte, e a capacidade de tomar decisões rápidas e precisas é essencial.
Após concluir a residência, o médico deve obter certificação na Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT). Isso geralmente envolve passar por exames rigorosos e demonstrar competência em diversas áreas da cirurgia torácica. Muitos cirurgiões optam por continuar sua educação e se subespecializar em áreas específicas, como cirurgia minimamente invasiva ou oncologia torácica.
Conclusão
A carreira de cirurgião torácico é desafiadora e recompensadora, oferecendo a oportunidade de fazer uma diferença real na vida dos pacientes.
Para vestibulandos e estudantes de medicina, entender o que faz um cirurgião torácico e como é o caminho para se tornar um pode ser o primeiro passo para uma carreira gratificante.
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