Febre aftosa: Especialista explica o que é, sinais e como prevenir a doença

profissional de medicina veterinária

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De acordo com coordenador do curso de Medicina Veterinária da Unime Itabuna, há cuidados a serem tomados pelos criadores de bovinos e bubalinos

Acontece neste mês de novembro em todo o estado a segunda etapa da campanha anual de vacinação contra a febre aftosa. De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), nesta fase, o objetivo é imunizar cerca de 3,3 milhões de animais bovinos e bubalinos, como bois e gado, de até dois anos de idade. Mas você sabe o que caracteriza a doença e como proteger o rebanho?

O coordenador do curso de Medicina Veterinária da Unime Itabuna, Ronaldo Filho, explica que a febre aftosa é uma condição infecciosa, altamente contagiosa, que acomete os animais ovinos, caprinos, suínos, bovinos e bubalinos, sendo esses três últimos os mais afetados. O professor informa que a doença é transmitida pelo vírus do gênero Aphtovirus, que possui sete tipos.

“Mas o tipo predominante no Brasil é o O. Ele está presente em grandes quantidades nas secreções das lesões, saliva e leite dos animais infectados”, destaca Ronaldo.

Essas secreções podem contaminar outros animais, alimentos, água ou objetos, que acabam funcionando como veículos de disseminação da doença. 

Uma vez infectado, o principal sinal clínico da febre aftosa no animal é o aparecimento de vesículas. “Essas bolhas contêm líquido e, quando se rompem, formam  as aftas, feridas dolorosas na boca ou nos pés dos animais”, pontua o especialista. Outros sinais da doença podem incluir ainda febre, dificuldade para andar ou se alimentar, emagrecimento, redução na produtividade e salivação excessiva.

O professor orienta que é importante os criadores e cuidadores do animal estarem atentos a esses sinais.

“Caso observe algum deles, é necessário comunicar obrigatoriamente ao serviço veterinário oficial, para que medidas de controle sejam imediatamente tomadas”, ressalta.

Para evitar o problema, a principal maneira é a  vacinação.

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Ronaldo afirma ainda que, além de ser uma forma de controle da doença, vacinar anualmente o rebanho permite que os criadores de bovinos e bubalinos possam comercializar os seus animais bem como os subprodutos derivados dessa criação, como carne, leite, queijos etc, no mercado nacional e internacional. “Sem a vacinação comprovada, isso não é possível”, salienta.

A primeira etapa da vacinação, realizada entre os meses de maio e junho deste ano, de acordo com dados da Adab, alcançou 93,65% de imunização do rebanho de todas as faixas etárias. Essa taxa é correspondente a cerca de 10 milhões de animais imunizados em 240 mil propriedades no estado.

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