A residência é uma modalidade de ensino destinada aos profissionais da saúde, que funciona como uma pós-graduação, porém com formato de especialização. Para fazer residência médica, é necessário ser formado no curso de Medicina e ser aprovado no processo seletivo da especialização.
É por meio da residência que os médicos se tornam especialistas, como cirurgiões, cardiologistas, neurologistas etc. No Brasil, essa etapa pode ser cumprida tanto em instituições da rede privada como em instituições de ensino ou no Sistema Único de Saúde (SUS).
Neste post, vamos falar especificamente sobre a residência médica no SUS, que oferece grandes oportunidades para quem deseja ter sucesso na carreira de Medicina. Boa leitura!
O que é uma residência médica?
Como falamos, a residência médica funciona como uma pós-graduação prática, na qual os médicos se especializam na área escolhida. Para concorrer a uma vaga, é preciso ter concluído a graduação e passar pelo processo seletivo, sobre o qual falaremos mais à frente.
A residência médica em todo o Brasil é um programa gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC) e regido pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). Por isso, todo o processo segue uma legislação específica.
A lei estabelece que os residentes devem cumprir carga horária semanal de 60h, na qual 20% do tempo é voltado a aulas e estudos teóricos e 80% à prática médica. Como funciona como uma pós-graduação, os residentes são avaliados e devem fazer provas.
Todos os residentes também recebem uma bolsa no valor de R$ 3.330,43, independentemente da instituição onde atuem, paga pelo MEC.
Quais são as oportunidades dentro do SUS?
O SUS oferece vagas de residência para diversas áreas da Saúde, inclusive a Medicina. O programa permite que os residentes atuem em instituições da rede pública em todo o país. Por isso, é possível especializar-se em praticamente qualquer área da Medicina no SUS:
- Pediatria;
- Clínica Médica;
- Cirurgia Geral;
- Ginecologia e Obstetrícia e tantas outras.
A residência médica no SUS funciona como qualquer outra — a carga horária, a bolsa e as dinâmicas de trabalho e de estudo são as mesmas. A diferença é que, muitas vezes, o trabalho é vinculado às Secretarias de Saúde de cada estado. Por isso, os residentes podem passar por certas dificuldades, já que o SUS sofre com algumas carências.
No entanto, a residência médica no SUS tem peso no currículo e pode ser um grande divisor de águas na carreira, além de contribuir com a melhoria da qualidade do atendimento médico à população geral.
Como é feita a inscrição e como é o processo seletivo?
No segundo semestre de cada ano, as instituições públicas começam a lançar os editais de residência médica. Ali, são divulgadas as vagas que serão disponibilizadas para os futuros residentes. Geralmente, as inscrições são feitas online, e a indicação do site é feita pelo edital.
Nesse mesmo documento, o candidato encontra informações sobre a prova — número de questões, temas abordados etc. Além dela, podem existir outras etapas no processo seletivo, como avaliação curricular e entrevistas presenciais.
A etapa de avaliação curricular considera experiências em pesquisas, estágios, artigos e demais publicações. Na entrevista, a banca costuma fazer perguntas subjetivas, com o objetivo de conhecer a postura e o comportamento de cada candidato.
Vale lembrar ainda que as inscrições não são gratuitas. Para concorrer a uma vaga, o candidato deve pagar uma taxa, que varia de R$ 200 a R$ 300. Quem está no último semestre da graduação pode se inscrever sem preocupações — o importante é estar formado no dia de tomar posse como residente, e não na data da prova.
Quais são as vantagens de fazer residência médica no SUS?
Apesar de enfrentar algumas dificuldades de estrutura e condições de trabalho, como falamos acima, a residência médica do SUS é vantajosa para o profissional. Não é novidade que o sistema de saúde pública no Brasil precisa de melhorias, mas o modelo é referência mundial em assistência à população e pode fazer muita diferença na trajetória profissional dos médicos.
Veja, agora, as vantagens de fazer residência médica no SUS!
Capacitação de alto nível
Como falamos, apesar de não ser perfeito, o modelo do SUS é referência em saúde pública e tem muito o que ensinar aos novos médicos. Mesmo com todas as dificuldades, a rede conta com grandes profissionais da Medicina, e essa é a maior vantagem de escolher esse tipo de residência.
O convívio com profissionais e tutores de alto nível enriquece a experiência do residente, que, além de aprender teoria e prática com os melhores nomes da área, também tem a oportunidade de começar a criar a sua rede de contatos profissionais.
Compreensão sobre o cenário da saúde pública no país
Quem trabalha na rede particular consegue ter uma ideia sobre o cenário da saúde pública do país, mas só quem presta serviços ao SUS tem a real dimensão da situação. Essa experiência é enriquecedora para o profissional, pois o convívio com pacientes de diferentes realidades garante uma visão ampla da Medicina, o que permite um atendimento mais completo e seguro aos pacientes.
Aqui na Unime, uma das melhores faculdades de Medicina no Nordeste, os alunos contam com visitas à Rede Básica de Saúde durante a graduação. Todas as atividades realizadas nesses postos são contabilizadas como horas de estágio, o que complementa o currículo obrigatório do curso.
Essas visitas também auxiliam no processo de conhecimento do sistema público de saúde, o que possibilita familiaridade na futura residência e garante a experiência necessária para que o aluno consiga ser aprovado na residência que desejar.
Para entrar no curso, o candidato precisa prestar o vestibular de Medicina. Ao longo da jornada, o estudante entra em contato com diferentes áreas de atuação antes de escolher a sua residência. Algumas pessoas, inclusive, só tomam essa decisão no final do curso.
Se você tem o sonho de cursar Medicina e fazer residência médica no SUS, conheça a Unime! Caso ache que a sua situação financeira pode ser um obstáculo, não deixe de conferir o nosso post sobre bolsas de estudo para Medicina!