Diz a nossa Constituição, em seu parágrafo 196, que a saúde é um direito de todos e dever do Estado. Contudo, você sabe responder até onde o Governo tem conseguido cumprir com a obrigação? E até onde a população tem usufruído dessa garantia? Bem, se você acompanha noticiários nos últimos anos, já sabe que as respostas para tais perguntas não são as melhores, certo?
A saúde pública no Nordeste é uma das mais carentes do país, o que ocasiona grandes problemas à população, que sofre, por exemplo, com menos qualidade de vida. Se esse fato não bastasse, nos últimos meses a situação da região ainda piorou. Com a saída de Cuba do programa Mais Médicos, os estados da região têm contado com menor número de profissionais.
Acompanhe as informações a seguir e fique por dentro de mais detalhes sobre a saúde no Nordeste!
Qual é o panorama da saúde pública no Nordeste?
Não é novidade alguma que nosso país é marcado por grandes desigualdades regionais, como as de acesso à educação é à moradia. Contudo, talvez, a pior de todas esteja relacionada à saúde, já que influencia, diretamente, o bem-estar e a expectativa de vida da população.
A carência de profissionais é notável no Nordeste — e os poucos que existem estão mal distribuídos geograficamente. As localidades interioranas são as que mais sofrem com o cenário.
Para você ter uma ideia, a região foi a que registrou maior número de desistências no programa Mais Médicos: 40% dos profissionais que lá atuavam deixaram o país. Além disso, o Nordeste apresenta uma proporção baixa de médicos para habitantes. Segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina, enquanto, no Sudeste, a densidade médica por habitante é de 2,81, no Nordeste, a razão é de 1,41.
Com isso, a população é obrigada a aguentar as consequências geradas por tais conjunturas, como ficar com a saúde debilitada ou viajar por quilômetros, até cidades vizinhas, em busca de um melhor atendimento.
Quais os maiores problemas da saúde pública no Nordeste?
Desde sua implementação, em 1990, o Sistema Único de Saúde (SUS) nunca conseguiu suprir todas as demandas da população. Porém, com as crises econômica e política vivenciadas no país, a situação piorou. Contamos, hoje, com um subfinanciamento na saúde, além outros problemas, como os seguintes.
Poucos médicos para muitos pacientes
Em 2017, o presidente do Tribunal de Contas de União (TCU), Raimundo Carreiro, reconheceu a falta de médicos como o principal problema do SUS. Há dificuldade de interiorização dos profissionais, deixando a população dos pequenos municípios desprovidas dos cuidados básicos.
Isso leva a outros problemas nos atendimentos, como a longa espera na marcação das consultas e poucos atendimentos ao povo. De acordo com pesquisa elaborada pelo TCU, em 2012, o Brasil apresentou média de 2,8 consultas por habitantes. A taxa é muito inferior a vários outros países. Na Coreia do Sul, por exemplo, foi observado o índice de 14,3 consultas. No Japão, ficou em 12,9.
Falta de mão de obra qualificada
A qualidade do atendimento médico é outra dificuldade enfrentada pelo país. Um dado levantando pela Cremesp nos mostrou que 40% dos médicos formados não têm condições de exercer a profissão. Isso demonstra a importância do investimento em capacitação de qualidade, por parte das instituições de ensino superior.
Contudo, o problema não está apenas nas habilidades técnicas. As competências pessoais, como empatia, também fazem falta. Segundo o IBGE, 10,6% das pessoas entrevistadas já se sentiram discriminadas nos serviços de saúde. As razões apontadas pelo mau tratamento foram falta de dinheiro, classe social, religião e homofobia.
Como contribuir para a melhoria da saúde pública no Nordeste?
Levando em conta as carências sentidas pela região e refletindo sobre o que podemos fazer para diminuir tanto contraste, você já chegou a pensar em como contribuir com a melhoria da saúde pública no Nordeste? Reunimos algumas ideias. Veja o que acha!
Estudar em uma faculdade reconhecida no local
A formação acadêmica é importante, por influenciar o exercício da profissão. É ela que nos dá habilidades técnicas e práticas para a atuação. Além disso, ter preferência por instituições locais é uma forma de apoiar a educação da região. Procure por uma faculdade na Bahia credenciada ao MEC, pois esse requisito é importante para, mais tarde, ter o registro em conselhos profissionais.
Além do curso de Medicina — a partir do qual você pode ter uma formação de qualidade e se capacitar fazendo uma residência médica — observe outros da área da Saúde oferecidos pela faculdade e encontre um que se encaixa em seu perfil. Na Unime, o aluno tem acesso a cursos, como:
Todas essas profissões da saúde no Nordeste tem sua importância, sendo que qualquer uma delas que você escolher será uma ótima opção.
Morar na região
Sair de casa e morar em uma localidade mais próxima da faculdade é a escolha de muitos estudantes. O Nordeste conta com vários estados que oferecem boa qualidade de vida. Ao estudar na Bahia, por exemplo, é possível usufruir de vantagens, como:
- morar em cidades com boa infraestrutura;
- aproveitar o verão e as praias;
- ter acesso à culinária e a diversos pontos turísticos;
- contar com oportunidades no mercado de trabalho da Bahia, visto que o estado foi o que mais empregou no Nordeste, em 2019.
Prestar concurso público
Como visto durante a leitura, o setor público sofre demais na questão da saúde. Para ter a chance de mudar as estatísticas locais, a dica é trabalhar diretamente com a população. O concurso público viabiliza essa oportunidade, permitindo ao profissional atuar em hospitais e postos médicos.
Além disso, o servidor conta com várias vantagens, como:
- estabilidade funcional;
- boa remuneração:
- férias e licenças;
- oportunidade de crescimento na carreira;
- não necessidade de prévia experiência profissional;
- vagas reservadas a cotistas.
Um dos últimos concursos ocorridos na região foi o da EBSERH, que ofereceu remuneração inicial de R$8.647,57 aos profissionais médicos, além da possibilidade de atuar em hospitais públicos no Nordeste.
Bem, como você viu, a saúde pública no Nordeste ainda é desprovida de recursos e bons profissionais. Contudo, ainda existem chances de conseguir mudar essa realidade. Construir uma carreira na área é um grande exemplo para contribuir com esse fator social e a melhoria na vida da população.
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